Confiando todas as necessidades da vida terrena ao Coração Divino livramos delas nosso coração, de modo que nossa alma se torna livre para participar da vida divina.

(S. Edith Stein. A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça, p. 70)

Confiando todas as necessidades da vida terrena ao Coração Divino livramos delas nosso coração, de modo que nossa alma se torna livre para participar da vida divina. (S. Edith Stein. A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça, p. 70)

A participação da vida divina exerce ela própria um força libertadora tirando das preocupações terrenas seu peso e concedendo-nos, mesmo nessa temporalidade, um pedaço da eternidade, um reflexo da vida bem-aventurada, um caminho na luz. (S. Edith Stein. A mulher: sua missão segundo a natureza e a graça, p. 70)

A Igreja não prega nenhum sistema específico. A Igreja não oferece nenhum método; mas a Igreja oferece os princípios da verdadeira liberdade: acreditar no Deus libertador. (S. Oscar Romero)

Para Cristo, Maria é algo além de sua mãe física, é mãe criada por Deus para gerar espiritualmente toda uma humanidade divina. “Mulher” soa como Adão chama de “Eva” aquela que será companheira da fecundidade que povoará a terra. (S. Oscar Romero)

Na tarde da vida te julgarão pelo amor. (S. Oscar Romero)

Toda a pompa, todos os triunfos, todos os capitalismos egoístas, todos os falsos sucessos da vida passarão junto com a figura do mundo. Tudo isso passa, o que não passa é o amor, é ter transformado o dinheiro, os bens, o serviço da própria profissão em serviço dos outros, é ter tido a alegria de partilhar e sentir-se irmão de todos os homens. (S. Oscar Romero, com algumas adaptações)

A obra libertadora de Cristo (mons. Romero)

El segundo mensaje de hoy es que este Cristo se presente con su gran obra liberadora. Yo quisiera aclarar mucho esta palabra: La liberación. Muchos le tienen miedo a esa palabra. Muchos también abusan de esa palabra. Pues ni miedo ni abuso, la verdad es que liberación es una palabra bíblica y quiere expresar toda la obra salvadora del Señor a partir del pecado. La primera liberación que Cristo anuncia y que en la segunda lectura de hoy [Gl 3,26-29] San Pablo nos describe maravillosamente, es que Cristo ha venido a derribar el pecado y que por el bautismo que lava el pecado de los hombres y por la penitencia que los convierte de nuevo si se han apartado de él, un hombre se incorpora a Cristo y se hace hombre de nuevo.

Un hombre nuevo, esta es la obra liberadora. Hacer hombres nuevos, hombres que se despeguen del pecado, hombres que echen afuera sus egoísmos, sus idolatrías, sus soberbias, sus orgullos y se hagan humildes seguidores de Cristo el Señor. Todos son hijos de Dios por la fe en Cristo Jesús. Esta es la obra de Cristo, llamar a todos los hombres sin discriminación. Y San Pablo ha dicho, esa discriminación ya no cuenta en el cristianismo: “Ya no hay distinción entre judíos y no judíos, esclavos y libres, hombres y mujeres, porque todos ustedes son uno en Cristo Jesús”. Ya no hay clases sociales para el cristianismo. Ya no hay discriminación de razas. Por eso el cristianismo también choca, porque tiene que predicar esta obra liberadora de proclamar a todos los hombres iguales en Cristo Jesús. Renovación interior del corazón, esto es lo que hace a todos los hombres iguales: Renovarnos. Mientras no hay hombre nuevo, hay orgullo, hay discriminación. Ricos y pobres, cuando se convierten de verdad y se lavan por dentro con este bautismo de Cristo y creen de verdad en el Señor, ya no se distinguen el rico y el pobre, porque sólo hay un sentimiento de fraternidad en Cristo Jesús. No hay superior e inferior, porque uno y otro saben que no son nada en el orden de la gracia sin Cristo el redentor. Sólo hay un grande, Cristo que nos redime. Sólo hay un liberador.

Y por eso, hermanos, aquí también la distinción muy prudente, en nuestro tiempo, entre las falsas y verdaderas liberaciones. Esto es muy importante. Cómo se ha perseguido a la Iglesia confundiendo su mensaje con el mensaje de la subversión, de algo que estorba en el país. La Iglesia predica esta liberación en Cristo Jesús. La Iglesia promueve la dignidad del campesino, la dignidad del obrero. Promueve la dignidad del hombre humillado en esta situación en que se vive en el país, como si alguien no fuera hombre. Si es que hay vidas entre nuestros hermanos verdaderamente infrahumanas. Y la Iglesia predica la liberación de esa gente, precisamente a partir de desterrar el pecado, de denunciar la injusticia, el abuso, el atropello y decirles a todos los hombres que somos hijos de Dios, que hemos sido bautizados por Cristo.

Una liberación que pone en el corazón del hombre la esperanza: La esperanza de un paraíso que no se da en esta tierra. De allí que la Iglesia no puede ser comunista. La Iglesia no puede buscar solamente liberaciones de carácter temporal. La Iglesia no quiere hacer libre al pobre haciéndolo que tenga, sino haciéndolo que sea. Que sea más, que se promueva. A la Iglesia poco le interesa el tener más o el tener menos. Lo que interesa es que el que tiene o no tiene, se promueva y sea verdaderamente un hombre, un hijo de Dios. Que valga, no por lo que tiene, sino por lo que es. Esta es la dignidad humana que la Iglesia predica.

Una esperanza en el corazón del hombre que le dice: Cuando termine tu vida, tendrás participación en el reino de los cielos. Aquí no esperes un paraíso perfecto, pero existirá en la medida en que tú trabajes en esta tierra por un mundo más justo, en que trates de ser más hermano de tus hermanos; así será también tu premio en la eternidad, pero en esta tierra no existe ese paraíso. Aquí la diferencia es entre el comunismo, que no cree en ese cielo ni en ese Dios, y la Iglesia, que promueve con una esperanza de ese cielo y de ese Dios.

O julgamento final

Não julgueis, e não sereis julgados. Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes.

Mt 7,1-2

Deus era misericordioso no Antigo Testamento tanto quanto o é no Novo. Se Deus não corrigiu ideias como

O Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e rejeitou-os para longe da sua face

1Rs 17,18

provavelmente foi porque não adiantaria falar como Jesus falou mais tarde para uma geração incapaz de entender a misericórdia – tanto é que na nossa própria geração (“pós-NT”, digamos assim) a ideia de um Deus vingativo e sanguinário faz sucesso como se Cristo tivesse matado todos os seus inimigos ao invés ter se entregado em sacrifício por todos como fez.

Deus é o supremo Juiz. Se nem ele fica julgando a nós, pobres pecadores, quem somos nós para julgarmos os outros? A partir do momento em que Deus, que poderia ser o sanguinário que é pintado no AT porque afinal de contas é Deus, ao contrário é misericordioso e compassivo, agir com bondade e misericórdia passa a ser uma obrigação.

Autocuidado

Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”.
Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou:
“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.

Lc 9,20-24

Se esta conversa entre Cristo e seus discípulos tivesse acontecido em um grupo de Whatsapp, Pedro não teria recebido um 👍 pela resposta certa, e sim uma ✝️. Isto porque Lucas escreveu uma versão mais leve do diálogo, já que em algum outro evangelho (não lembro qual, agora) Pedro até recebe um joinha (na forma de “não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas sim meu Pai…”), mas logo mais adiante Cristo lhe chama de 😈.

Seguir Cristo não quer dizer deixar de lado o sorriso e a alegria para entregar-se de braços abertos à dor e ao sofrimento constantes, mas significa que o prazer que o mundo nos dá se torna mais leve “posto que é chama” (como diria o poeta) enquanto vivemos do infinito que se abre para nós pela cruz de Cristo.

Jesus não era um vendedor, pois se fosse teria sempre ressaltado o consolo e o alívio de Deus que recebemos às vezes sem motivo, e às vezes pelos sofrimentos que passamos, enquanto teria deixado o “tome sua cruz cada dia” em letras pequenas sem repetir isso o tempo todo. Mas o que vem em letras pequenas é o consolo de Deus porque o motivo de seguir Cristo deve ser a fé, e não o pragmatismo de quem vai receber alguma coisa em troca disto. Há vantagens e desvantagens em crer em Cristo, mas os Evangelhos escrevem as vantagens em letras pequenas e as desvantagens, as escrevem em neon.

Tanto os sofrimentos quanto as alegrias vão aparecer na vida de qualquer pessoa em qualquer circunstância, creia ela em Deus ou não. Se forem vividas sem fé, serão sofrimentos e alegrias à serviço da morte, enquanto que se forem vividas com fé, estarão à serviço da vida.

Corações roubados

Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.

Mt 6,19-21

O Necrológio dos Desiludidos do Amor (de Drummond) é o resultado mais dramático dos corações roubados aqui na terra, mas não é nem nas nossas “paixões de primeira e de segunda classe” que mora o perigo de juntar nossos tesouros aqui na terra e não no céu – já que juntá-los no céu não impede um coração partido, e sim somente que ele seja roubado.

Juntar um tesouro “onde também estará o teu coração” aqui na terra é pedir para perdê-lo mais cedo ou mais tarde, e não se trata apenas da ganância por dinheiro e poder: perdemos nossos corações o tempo todo porque ele está em tesouros terrenos, que às vezes até podem parecer celestiais, mas no fim estão expostos como uma conta digital cuja senha é uma data de aniversário.

Não existe na terra nenhum sistema de proteção seguro o suficiente para proteger nossos tesouros com cem por cento de eficiência, e quando os roubarem, estarão levando com eles os nossos corações. Já o “cofre celestial” é seguro, especialmente para o nosso coração.

Ó precioso e admirável banquete!

O unigênito Filho de Deus, querendo fazer nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses. Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.

Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o seu sangue como bebida.

Das Obras de Santo Tomás de Aquino, presbítero (Opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4)
(Séc. XIII)