O Cântico de Maria tem ecos das maravilhas que Deus fez com Elias no monte Carmelo, em todo o AT, e ecoa, por sua vez, em cada uma das maravilhas que Deus faz por nós cotidianamente.
Maria, concebida sem pecado, é a Mãe de Deus, Nossa Senhora de várias coisas, rainha dos apóstolos e etc., enquanto que Elias (que tornou o monte Carmelo famoso a ponto de atrair os eremitas que muito tempo depois formariam a Ordem Carmelita) tem um peso tão grande a ponto de a profecia da vinda do messias incluir o retorno do profeta.
Mas não foi a imensidão da fé e da santidade de Maria nem de Elias que provocou as maravilhas de Deus – apesar de a fé e a santidade serem, por si só, maravilhas de Deus também.
Deus faz maravilhas porque seu nome é santo, e é pelo seu próprio nome e pela própria santidade que elas são feitas.
Entre nós certamente somos alguns mais dignos, outros menos, alguns mais esforçados e outros menos, enfim, há diferenças entre nós em relação à dedicação a Deus.
Mas o amor – a maior maravilha de Deus – por nós depende apenas dele, que é muito maior do que as nossas maiores barreiras a este amor (o que não deve estimular nossas barreiras, e sim a ver este amor ultrapassando-as).
Assim como todas as suas outras maravilhas, operadas em nós porque “santo é o seu nome”.