Não julgueis, e não sereis julgados. Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes.
Mt 7,1-2
Deus era misericordioso no Antigo Testamento tanto quanto o é no Novo. Se Deus não corrigiu ideias como
O Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e rejeitou-os para longe da sua face
1Rs 17,18
provavelmente foi porque não adiantaria falar como Jesus falou mais tarde para uma geração incapaz de entender a misericórdia – tanto é que na nossa própria geração (“pós-NT”, digamos assim) a ideia de um Deus vingativo e sanguinário faz sucesso como se Cristo tivesse matado todos os seus inimigos ao invés ter se entregado em sacrifício por todos como fez.
Deus é o supremo Juiz. Se nem ele fica julgando a nós, pobres pecadores, quem somos nós para julgarmos os outros? A partir do momento em que Deus, que poderia ser o sanguinário que é pintado no AT porque afinal de contas é Deus, ao contrário é misericordioso e compassivo, agir com bondade e misericórdia passa a ser uma obrigação.