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Computador virou artigo de luxo nessa casa (lei da oferta e da procura: muita gente para pouco computador).

Em um feriadão muito cultural (pfff…), assisti Os Intocáveis, e li Lado B – Histórias de Mulheres.

Os intocáveis é um filme legal, pena que sua “mensagem” seja: para fazer cumprir a lei, vale a pena fugir à lei, ou “tudo pela lei”, ou, ainda “a lei é tudo”. Um bom filme para inspirar, por exemplo, recrutas no exército. Mas vale a pena por ser legal, descontando, é claro, muitas coisas. A cena mais emocionante: um carrinho de bebê cai em uma escadaria, em meio a um tiroteio. Kevin Costner desce correndo atrás do carrinho, e fica sem balas. Quando tudo parece perdido (Kevin Costner está sem balas, e também não conseguirá pegar o carrinho antes que o bebê se espatife todo), Andy Garcia se atira no chão, vai escorregando até o carrinho de bebê e, neste movimento, atira uma arma a Kevin Costner, segura o carrinho de bebê com as pernas e coloca o gângster que ia matar o refém na mira. Tudo isso com um sorrisinho maroto no rosto.

Lado B – Histórias de Mulheres é ótimo: emocionante sem ser piegas, romântico sem ser lugar-comum, doce sem ser enjoativo, erótico sem ser pornozão barato (nada pessoal contra ponozões baratos, e nem a favor: mas qualquer pessoa minimamente letrada escreve um pornozão barato), bonito sem ser esplendoroso, e, o que eu acho mais importante e que faz o livro valer a pena mesmo: a escritora do livro escreve muuuuuuito bem, tem estilo, bom humor, eu queria escrever como ela. Quero ser como ela quando eu crescer. Tá, exagerei nessa. Mas, dentre os livros que eu gostei de ter lido (se bem que ainda não terminei), este é um dos poucos que valeu (ou está valendo, pq não terminei ainda de ler) cada centavo.

Vou parar de escrever antes que eu queira fundar uma religião do livro.

Mas, tirando meus exageros: muito bom o livro.