Eu não poderia ser diplomata porque o meu conhecimento de política mundial é mais escasso do que as reservas de água doce no planeta.
Mesmo assim, do pouco que sei, estou roendo minhas unhas com as eleições francesas: Sarkozy X Royal (a segunda, por sinal, tem um nome que achei muito bonito: Ségolene)
Segundo todas as pesquisas antes da eleição, e as sondagens logo após o final, Sarkozy (que eu chamava de Sarótzki até algumas semanas atrás, até me dar conta de que eu embaralhava as letras e de que se pronuncia Sarcozí) será o presidente da França.
Eu não moro na França; não tenho parentes na França; não tenho imóveis, negócios nem terras na França (e nem no Brasil, aliás); mas me preocupo.
A Europa, acho, possui uma certa liderança mundial. Tudo bem, quem manda são os EUA, que têm dinheiro para sustentar essa posição. Até a China deve mandar mais do que a Europa. Mas nessas coisas de tendências, de tomar atitudes antes do restante do mundo, geralmente a Europa é protagonista (basta ver que lá, a maconha é liberada, em pequenas quantidades, o aborto é permitido até em Portugal – que é quase um Terceiro Mundo europeu – e as instituições não perguntam de que orientação sexual é o seu casamento, caso você queira casar; e, veja bem, não estou dizendo nem que concordo nem que discordo dessas posturas, o que está em questão é que lá pelo menos tentam permitir essas coisas polêmicas para ver no que dá).
Mas o Sarkozy é um cara que pensa que tendências ao suicídio e à ladroagem são coisas genéticas; que as pessoas devem trabalhar muito para ganhar mais ou menos bem; que a imigração é um câncer; que o Estado não deve fazer coisas como Previdência Social, assistencialismo e outras coisas que acostumam mal a população; etc.
Pode ser que a coisa pare por aí: testes biológicos em recém-nascidos para rastrear ladrões e suicidas desde o berço, aumento do poder das empresas e diminuição do poder das pessoas comuns, expulsão de imigrantes e maior rigor para entrar na França, menor proteção social por parte do governo, bobagenzinhas.
Mas é um passo a mais em direção a posturas semelhantes a algumas coisas que, quando aconteceram (e deixaram de acontecer ainda hoje?) chamaram de Nazismo ou Fascismo.
Isso só na França, mas em toda a Europa essas pequenas coisinhas estão se avolumando, bem devagarinho, entre um atentado terrorista e outro – que chamam muito mais a atenção.
Pode ser paranóia minha, e eu espero que seja mesmo, e que daqui a pouco as pessoas possam rir da minha afobada preocupação, e não que alguém diga que “pior, tu tinha razão”.
Mesmo assim, do pouco que sei, estou roendo minhas unhas com as eleições francesas: Sarkozy X Royal (a segunda, por sinal, tem um nome que achei muito bonito: Ségolene)
Segundo todas as pesquisas antes da eleição, e as sondagens logo após o final, Sarkozy (que eu chamava de Sarótzki até algumas semanas atrás, até me dar conta de que eu embaralhava as letras e de que se pronuncia Sarcozí) será o presidente da França.
Eu não moro na França; não tenho parentes na França; não tenho imóveis, negócios nem terras na França (e nem no Brasil, aliás); mas me preocupo.
A Europa, acho, possui uma certa liderança mundial. Tudo bem, quem manda são os EUA, que têm dinheiro para sustentar essa posição. Até a China deve mandar mais do que a Europa. Mas nessas coisas de tendências, de tomar atitudes antes do restante do mundo, geralmente a Europa é protagonista (basta ver que lá, a maconha é liberada, em pequenas quantidades, o aborto é permitido até em Portugal – que é quase um Terceiro Mundo europeu – e as instituições não perguntam de que orientação sexual é o seu casamento, caso você queira casar; e, veja bem, não estou dizendo nem que concordo nem que discordo dessas posturas, o que está em questão é que lá pelo menos tentam permitir essas coisas polêmicas para ver no que dá).
Mas o Sarkozy é um cara que pensa que tendências ao suicídio e à ladroagem são coisas genéticas; que as pessoas devem trabalhar muito para ganhar mais ou menos bem; que a imigração é um câncer; que o Estado não deve fazer coisas como Previdência Social, assistencialismo e outras coisas que acostumam mal a população; etc.
Pode ser que a coisa pare por aí: testes biológicos em recém-nascidos para rastrear ladrões e suicidas desde o berço, aumento do poder das empresas e diminuição do poder das pessoas comuns, expulsão de imigrantes e maior rigor para entrar na França, menor proteção social por parte do governo, bobagenzinhas.
Mas é um passo a mais em direção a posturas semelhantes a algumas coisas que, quando aconteceram (e deixaram de acontecer ainda hoje?) chamaram de Nazismo ou Fascismo.
Isso só na França, mas em toda a Europa essas pequenas coisinhas estão se avolumando, bem devagarinho, entre um atentado terrorista e outro – que chamam muito mais a atenção.
Pode ser paranóia minha, e eu espero que seja mesmo, e que daqui a pouco as pessoas possam rir da minha afobada preocupação, e não que alguém diga que “pior, tu tinha razão”.
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