Qualquer guerra é uma guerra contra Deus, se do outro lado está outra pessoa que o próprio Deus criou. Portanto nada justifica combater nem mesmo quem se considere inimigos de Deus. Os erros, as injustiças, os pecados, as violências, tudo isto precisa, é claro, ser combatido, mas não as pessoas que operam estas maldades.
No fim, o guerreiro vai sempre se apegar a guerra, e se não encontrar inimigos, vai criar algum, apenas pelo prazer do combate, e quando Deus reprimir as guerras, quebrar arcos, lanças, escudos e armas, o que o guerreiro vai fazer? Aceitar andar por aí desprotegido daquilo em que confiava, ou vai lutar, mesmo sem querer, contra Deus e a favor da guerra?
É claro que há guerras acontecendo à nossa volta: guerras sangrentas no estrangeiro, guerras nos morros entre os traficantes, guerras “culturais” contra as minorias (que não sangram menos por isto) que depois se transformam em violência dos mais variados modos contra elas… Mas não lutar não significa fugir da guerra, e sim promover, mesmo em meio ao conflito, a paz, a justiça e o amor.