Há sete anos atrás as news eram um pouco menos fakes, e ideias como as a urinoterapia até circulavam, mas a voz da ciência, caso falhasse a do bom senso, no fim das contas se fazia ouvir e as ideias mais absurdas pelo menos não ganhavam nenhum status oficial.
Nos tempos atuais, em que até o Twitter dá o seu selinho no negacionismo, a urinoterapia ressurge como uma alternativa viável dentro dos círculos conspiracionistas – não que todos eles necessariamente adotem esta ideia, mas dentro deles uma possibilidade não costuma ser necessariamente reprimida por ser esdrúxula.
A uretra, como o intestino, é o ambiente de várias bactérias disputando o espaço entre si, e estas bactérias podem tanto ser benéficas quanto maléficas. Todas elas saem junto com o xixi que a urinoterapia sugere beber, e quanto ao resto dos seus componentes, se servissem alguma coisa para o corpo, ele não teria eliminado-os – o xixi não serve nem mesmo como último recurso para evitar morrer por desidratação, já que o sódio da urina vai acelerar a desidratação, mais ou menos como a água do mar.
O negacionismo conspiracionista recentemente acrescentou mais uma função imaginária ao xixi: o combate à COVID. O que antigamente talvez soasse só como uma anedota, agora precisa ser rebatido e explicado com todas as letras – beber xixi não protege contra a COVID, nem serve como tratamento contra a doença.
Com informações de Gizmodo e Independent.