Eu perguntando – Porque você gosta do seriado Xena?
Eu respondendo – Porquê é um seriado com uma idéia, uma história muito boa, desde o fato de a Xena ser uma princesa guerreira (geralmente, nas histórias, princesa e guerreira não são coisas compatíveis, ou, no máximo, trata-se de uma guerreira que luta por seu amado ou para salvar os filhos ou quaisquer outros parentes; são sempre guerreiras por ocasião, que lutam em guerras ocasionais, donas-de-casa guerreiras – e nada contra esse tipo de guerras ou de guerreiras, é que a maioria das histórias é assim, e na Xena é diferente); tem também a relação entre as duas, e as lutas são bem coreografadas – e eu gosto de coreografias.
E.p. – Cite algum episódio que você tenha gostado.
E.r. – Assisti um chamado “A Peça”, onde a Gabrielle monta uma peça sobre o caminho que ela segue, ao lado de Xena, em direção ao bem. Uma das coisas mais legais é ver os personagens tratando a si mesmos como personagens – não é mais a autora do seriado narrando Xena e Gabrielle diretamente, mas sim narrando-as através delas próprias, e, também, são elas (as personagens) falando de si mesmas. É interessante que o seriado trata de metalinguagem de maneira mais divertida e exata do que o faz a filosofia.
E.p. – Você vê na Xena um tipo diferente de guerreira do tipo que geralmente aparece no cinema ou nos livros, e gosta de coreografias…
E.r. – Certo.
E.p. – … mas o que você vê de interessante na relação entre as duas?
E.r. – Elas tem uma relação amorosa, do tipo casal apaixonado, e isso é uma questão de perspectiva, porque nada impede que alguém diga que elas se amam como se amam duas irmãs, por exemplo. Mas a minha opinião é a primeira. Porém, não se vê filmes nem livros (eu pelo menos não conheço) onde os personagens têm uma relação livre assim (“livre” não quer dizer que eu suponha que elas tem algum tipo de relação aberta, como Sartre e Simone de Beauvoir, por exemplo, e também não suponho que não seja assim a relação). Oscar Wilde disse que homossexualidade é um amor que não ousa dizer o nome, e, de maneira geral, hoje em dia esse amor ainda diz seu nome de maneira tímida quando não é dia de parada gay. O amor entre Xena e Gabrielle não tem esse problema de não ousar dizer o nome. É um tipo de amor que não está preocupado com seu nome. A questão do nome desse amor não é relevante, não interessa em Xena, ao contrário dos filmes e romances onde sempre é implícito que trata-se de um amor chamado heterossexual, ou é explícito o nome homo ou bissexual. O nome, a classificação do amor, é muito importante nos livros e filmes atuais. A coisa mais parecida com Xena, em relação a isso de nome do amor, é o livro Lado B – Histórias de Mulheres, onde na maioria dos contos o amor não é classificado, mas somente mostrado. Na minha opinião.
E.p. – Agradecemos a sua atenção.
E.r. – Eu é que agradeço.
Eu respondendo – Porquê é um seriado com uma idéia, uma história muito boa, desde o fato de a Xena ser uma princesa guerreira (geralmente, nas histórias, princesa e guerreira não são coisas compatíveis, ou, no máximo, trata-se de uma guerreira que luta por seu amado ou para salvar os filhos ou quaisquer outros parentes; são sempre guerreiras por ocasião, que lutam em guerras ocasionais, donas-de-casa guerreiras – e nada contra esse tipo de guerras ou de guerreiras, é que a maioria das histórias é assim, e na Xena é diferente); tem também a relação entre as duas, e as lutas são bem coreografadas – e eu gosto de coreografias.
E.p. – Cite algum episódio que você tenha gostado.
E.r. – Assisti um chamado “A Peça”, onde a Gabrielle monta uma peça sobre o caminho que ela segue, ao lado de Xena, em direção ao bem. Uma das coisas mais legais é ver os personagens tratando a si mesmos como personagens – não é mais a autora do seriado narrando Xena e Gabrielle diretamente, mas sim narrando-as através delas próprias, e, também, são elas (as personagens) falando de si mesmas. É interessante que o seriado trata de metalinguagem de maneira mais divertida e exata do que o faz a filosofia.
E.p. – Você vê na Xena um tipo diferente de guerreira do tipo que geralmente aparece no cinema ou nos livros, e gosta de coreografias…
E.r. – Certo.
E.p. – … mas o que você vê de interessante na relação entre as duas?
E.r. – Elas tem uma relação amorosa, do tipo casal apaixonado, e isso é uma questão de perspectiva, porque nada impede que alguém diga que elas se amam como se amam duas irmãs, por exemplo. Mas a minha opinião é a primeira. Porém, não se vê filmes nem livros (eu pelo menos não conheço) onde os personagens têm uma relação livre assim (“livre” não quer dizer que eu suponha que elas tem algum tipo de relação aberta, como Sartre e Simone de Beauvoir, por exemplo, e também não suponho que não seja assim a relação). Oscar Wilde disse que homossexualidade é um amor que não ousa dizer o nome, e, de maneira geral, hoje em dia esse amor ainda diz seu nome de maneira tímida quando não é dia de parada gay. O amor entre Xena e Gabrielle não tem esse problema de não ousar dizer o nome. É um tipo de amor que não está preocupado com seu nome. A questão do nome desse amor não é relevante, não interessa em Xena, ao contrário dos filmes e romances onde sempre é implícito que trata-se de um amor chamado heterossexual, ou é explícito o nome homo ou bissexual. O nome, a classificação do amor, é muito importante nos livros e filmes atuais. A coisa mais parecida com Xena, em relação a isso de nome do amor, é o livro Lado B – Histórias de Mulheres, onde na maioria dos contos o amor não é classificado, mas somente mostrado. Na minha opinião.
E.p. – Agradecemos a sua atenção.
E.r. – Eu é que agradeço.
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