Nestas horas eu lembro de uma música muito popular quando eu era (ainda mais?) criança: “tem muita gente-te inteligente-te, que não escova o dentinho da frente-te: mas um dia vai comer um pão bem quente-te, e lá se foi o dentinho da frente-te.” Puro terrorismo infantil: você ficará banguela se não escovar o dentinho da frente, só falta uma gargalhada fatal no fim: huahuahuahuah. Sei lá, poderiam “focar” mais em fazer as crianças se preocuparem com a saúde, e se preocuparem com os dentes em função da sua saúde.
Pois-pois: quando eu era menor, escovava pouco meus dentes, e, como não caíam, não me preocupava em escová-los – afinal, a ameaça nunca se cumpria.
Depois de grande e, digamos, responsável pero no mutcho, comecei a me preocupar mais (porém não tanto) com a minha saúde, e isso incluiu escovar os dentes. Mas alguns dos meus dentes já eram paredes velhas cheias de rebocos que volta e meia preciso retocar, e, até eu criar coragem e dinheiro para ir no dentista, haja paracetamol (já estou criando toleância ao remédio) para aguentar.
Enfim, dói.
Se bem que, como diz meu pai: “ah, tá doendo os dentes? é sinal que tem dentes, que bom!”
(Depois não sabem porque eu era uma criança revoltada…hehehe)