A – E

A) existe um grupo de judeus que defende uma versão bastante singular do holocausto: ele foi horrível? foi. grotesco? claro! condenável? Certamente. Mas, como foi obra de Deus, não devemos reclamar e nem desejar que nunca mais aconteça – afinal de contas, vai que deus queira que aconteça de novo; e, se deus quiser, até nossos filhos mataremos. Não sei deus, mas eu me incomodo um pouco com isso. Imagina, se atropelar a esposa grávida de um desses caras, ele vai agradecer a deus, se eu doar R$ 100.000.000,00 para ele, deus vai ouvir “obrigado” do mesmo jeito. Muito anulador, creio eu. Mas crenças são crenças, né?

B) Se apaixonar é (+ou-, guardadas as devidas proporções, não me interprete mal, etc) como xis (de cheeseburguer): você sabe que faz mal (engorda, colesterol, fritura…), que pode encontrar coisa melhor, que não precisa daquilo. Mas você não passa sem. Arrependendo-se, ou não, você vai e procura um. Não vive sem. diz que “ama x”: “X, eu te amo”, em algum momento de calórica euforia. Mas X faz mal. Não importa. Você tem esperança…

C) Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou carlitos
A lua, tal qual a dona do bordel,
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu,
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Louco, o bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil pra noite do brasil.
Meu brasil
Que sonha com a volta do irmão do henfil.
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete.
Chora a nossa pátria mãe gentil,
Choram marias e clarisses no solo do brasil.
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar…

D) O show tem que continuar?!?
O show tem que continuar…

E) de “esgotamento”.