Eu tenho um repelente anti-relacionamento-amoroso. Isso deve estar no sangue. Mas no fim das contas, talvez seja bom, caso eu esteja pensando no bem da espécie. Não reproduzirei. E assim a linhagem termina. Os genes com repelente anti-relacionamento-amoroso não vão mais se propagar: sem querer, eu salvo a humanidade!
Não que a humanidade deva a mim – odeio que me devam algo. A humanidade não faz mais do que se proteger. Mas acidentes acontecem, e até hoje a humanidade tem sido eficiente em evitá-los. Acontece, digo, não-acontece.
Faço minha boa ação do dia todos os dias, sem esforço. Quem é que pode fazer tanto bem assim, com tanta facilidade? Quem?
Já vou começar a reunir os documentos para minha canonização. Para facilitar a vida dos meus hagiógrafos.