Primeira coisa: eu entro de férias, e poucos dias depois, o raio da internet discada pára de funcionar.
Segunda coisa: quando faltam menos de dez dias para eu voltar das férias, eu abro meu computador, deito ele de lado, não mexo em nada, e a internet volta. Quando eu tiver um carro, se ele parar de funcionar, eu espero que ele volte a funcionar quando eu deitá-lo de lado. Meu rádio, meu celular, as lâmpadas da minha casa, também.
Terceira coisa: é assustador você abrir sua caixa de email e ver um bilhão de emails não lidos. Tenho quase certeza de que 999.999.990 são spams, 3 são correntes, 4 devem ser mailing-lists (como deve ser isso em português?), e outros três devem ser coisas importantes. Amanhã eu vejo, não tive coragem hoje…
Quarta coisa: na falta de internet, assisti a todas as três temporadas disponíveis na locadora de Gilmore Girls. Sorte que eu conheci esse seriado antes de conhecer cocaína, porque agora eu já tenho um vício caro do qual eu não posso me livrar, e não preciso mais querer experimentar cocaína para ter um vício caro do qual eu não posso me livrar – cada um com as suas coisas decadentes.
Quinta coisa: é uma vergonha que eu precise estar de férias e sem internet para ler decentemente um livro, mas: como eu estava de férias e sem internet, resolvi ler decentemente um livro chamado On The Road (que, no Brasil, foi traduzido por Pé Na Estrada, mas acho que até mesmo no Brasil deve ser mais conhecido por On The Road). O livro é todo cheio de significados importantes, como ter sido um precursor da tal geração beat, dos hippies, do movimento punk, inspirou David Bowie, pessoas que o leram quando foi lançado largaram tudo e foram fazer as coisas que leram no livro, etc, mas mesmo assim é um livro legal. Odeio livros com significados importantes. Mas o pior é que a maioria deles são bons mesmo. Vou me retificar, então: odeio significados importantes para livros. Mas, rabugices minhas à parte, o livro é bem a cara dos tempos modernos mesmo. A maneira como foi escrito, as experiências que narra, são bem o tipo de coisas que ainda vigoram com força atualmente. A única coisa que ninguém falou desse livro é que, pelo menos até a página em que eu li, é um livro sobre homens e suas experiências. Nisso ele não é nada inovador e mantém tudo como está.
Sexta coisa: citação de uma frase legal do livro: “mañana, uma palavra adorável que provavelmente quer dizer paraíso.” (capítulo 13)
Oitava coisa: alguém no mundo leva mesmo a sério esses marcadores para os posts??