Uma análise dos dados divulgados na última terça-feira revelou que o IBAMA gastou menos da metade do orçamento de 219 milhões de reais disponibilizados após pressão na Cúpula do Clima de 2021.
Na reunião entre líderes de 40 países, a pressão de Europa e Estados Unidos serviu para o presidente brasileiro diminuir, na época, o tom das críticas ao que considera excessos na aplicação de leis ambientais, e cumprir o compromisso de aumentar o investimento em proteção ambiental, o que concretizou-se com o acréscimo no orçamento do IBAMA.
Mas a agência utilizou menos da metade do seu orçamento nas fiscalizações em campo, gastando em outras áreas como aquisição de equipamentos, por exemplo, o que levou a uma devastação na Amazônia de uma área equivalente à do estado norte-americano de Connecticut.
Enquanto o IBAMA prefere mensurar a atenção ao meio ambiente apontando o valor comprometido ao órgão, o Observatório do Clima considera mais eficaz apontar os valores gastos e pagos – pois a disponibilidade financeira por si só não impediu que em 2021 a devastação tenha sido a maior dos últimos 15 anos.