Na primeira leitura, o segundo anjo diz, da parte de Deus, que a população precisa ficar sem muralha, e que Ele próprio será uma muralha de fogo em torno dela; e mais para o fim da leitura, afirma que habitará no meio dela.
No salmo se repete esta promessa de habitar no meio da população, quando diz que quem dispersou Israel vai congregá-lo, e o guardará qual pastor ao seu rebanho.
No Evangelho, Cristo anuncia que será entregue nas mãos dos homens, logo depois de lermos que todos estavam admirados com o que Jesus fazia.
A admiração do povo poderia levar os apóstolos a um triunfalismo, uma possibilidade que Jesus golpeia com o anúncio de sua morte. Anunciando previamente que iria morrer, Cristo fica sem muralha: ele deixa que o Senhor seja a sua muralha, como diz o segundo anjo na primeira leitura.
O possível triunfalismo é, se efetivado, uma tal muralha.
Talvez seja entregando-se assim a Deus, ao abrir mão das próprias muralhas e deixando que Deus seja a nossa proteção, que possamos nos abrir para que Deus nos guarde qual um pastor ao seu rebanho.